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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Crimes e criminosos. Você entendeu alguma coisa?


Mao Tse-tung acreditava que o ser humano pudesse ser comparado a "uma folha de papel em branco, pronto a ser pintado com as mais belas cores". Comunista, o líder chinês não considerava qualquer elemento de natureza humana, genética ou moral.  Ele foi também o maior assassino da história, responsável por algo em torno de setenta milhões de mortos. Tal como Mao, Marx, Nietzsche, Lenin, Stalin e Hitler, eram todos engenheiros sociais que defendiam a criação de um "novo homem", expurgado dos "impeditivos e mistificações da sociedade burguesa". Rousseau não era propriamente um engenheiro social, porém, foi o primeiro a lançar uma das mais estúpidas ideias dos anais filosóficos, aquela segundo a qual o Homem é bom por natureza, sendo a sociedade a responsável por corrompê-lo. Esta formulação o coloca certamente como componente e influenciador do nefasto time e talvez tenha sido em vista exatamente disso que o pseudo-iluminista genebrino, ao invés de criar seus filhos, os abandonou à própria sorte...
As filosofias derivadas dos nomes acima são daquele tipo que não leva em conta a responsabilidade individual e as escolhas morais. Como nos aponta o historiador Carlo Ginzburg, jamais pode ser atribuído a um acaso o fato de que todos os grandes líderes espirituais que conhecemos tenham primado por suas inabaláveis condutas morais. É desolador saber que em pleno século XXI ainda haja quem esteja disposto a propagar ideias de engenharia social, fruto sem dúvida, da doutrinação de esquerda que venho comentando. Trata-se de gente que praticamente só escuta isso, do nível educacional básico até o ensino superior, cuja estatística mais conhecida é aquela que indica haver quase quarenta por cento de analfabetos funcionais entre os estudantes universitários.
Acredito honestamente que certo tipo de criminoso pode ser recuperado se houver uma determinada estrutura para tanto, do mesmo modo que não creio absolutamente na recuperação de pessoas como um Batoré ou um Champinha, ou ainda de Albert Fish, Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e tutti quanti. A maldade humana é algo que não pode ser desprezado, como nos revelam os estudos mais recentes no campo da psicologia evolucionista e das neurociências. Também o famoso caso de Phineas Gage não deixa mentir. A leitura de um estudo do quilate de Tábula Rasa, do psicólogo norte-americano Steven Pinker, não faz mal a ninguém, indubitavelmente uma leitura mais profícua e esclarecedora do que os tantos blogs escrevinhados por esquerdistas recém-paridos pelo complexo "pucusp".
Tendo em mente o caso do Brasil, país no qual o número de homicídios chega a setenta mil por ano, - curioso observar a ausência de indignação da parte de nossos intelectualóides quando uma vítima é queimada viva ou quando um pai de família é morto a tiros na frente dos filhos - se é certo que alguns criminosos podem ser regenerados, será que o mesmo governo que torra bilhões em políticas assistencialistas sem porta de saída ou para realizar um mundial de futebol imerso em corrupção e interesses mesquinhos tem a intenção de erigir um outro modelo prisional? Mais do que isso, quem pode acreditar que um governo de cunho comunista, que sempre carregou consigo a ideia de relativização do crime, esteja no intuito de prescrever formas exemplares de punição? Bem contrariamente a isso, o atual governo justifica e legitima crimes, a começar pela apologia descarada em favor de seus quadros julgados e condenados, transmitindo claramente a mensagem de que o crime, além de compensar, está imbuído de motivos nobres. O atual governo -  e aí quem não entende nada é quem tem a pachorra de defendê-lo - patrocina organizações criminosas tanto no interior das próprias fronteiras do país, como na América Latina, tudo com objetivos políticos e ideológicos denunciados há muito tempo por alguns pensadores liberais, alerta, é bom que fique claro, negligenciado e desacreditado pelos politicamente corretos. Com que direito, diante de um Estado que dá de ombros para a questão da segurança, estes mesmos politicamente corretos agora vêm falar em recuperar criminosos? Ademais, nem todo crime está relacionado com aspectos socioeconômicos, do contrário, todo pobre seria criminoso, não havendo nenhum entre os ricos. É aí que, justamente, entram a responsabilidade individual e as escolhas morais. Definitivamente, afirmar que é sempre a estrutura social que transforma alguém em criminoso não passa de uma imbecilidade insustentável, cantilena relativista de esquerda para adoçar os ouvidos de quem, no fundo, não tem nada no que pensar além da crítica rasteira ao capitalismo.
No que se refere aos países desenvolvidos, estes apresentam estatísticas baixas de criminalidade simplesmente porque punem os criminosos com rigor e de forma exemplar, inclusive oferecendo a chance do criminoso se regenerar, arcabouço que necessariamente envolve seu julgamento, condenação e encarceramento. Nesses países, o crime não compensa. Aqui, o cidadão de bem, pagador de uma carga tributária colossal em termos absolutos e assolado por uma péssima relação entre o total dos tributos pagos e o retorno dado pelos governos em todas as suas esferas, não conta com praticamente nenhum serviço de qualidade. Além do mais, criminosos muitas vezes não chegam nem mesmo a ser identificados. É do interesse do cidadão de bem que o crime seja reduzido com medidas preventivas, o que inclusive é cobrado dos governantes. Isso foge de teorizações acerca do crime e não envolve uma guerra de ideias - e de classes - que só interessa a um governo ditatorial e a intelectualóides que o defendem. Ninguém, em sã consciência, gosta de bandido, a não ser aqueles que os patrocinam com finalidades de cunho político e ideológico. De qualquer forma, se é caso de discutir a respeito de como prevenir os crimes e sobre as formas corretas de punição, então o alvo não deve ser o cidadão de bem, aquele que sofre com o banditismo e com um governo que tem feito grassar a violência e a criminalidade de forma proposital. Você entendeu alguma coisa?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O pluralismo da esquerda, pluralismo de uma nota só


Na esteira do que escrevi no último artigo, desta feita desejo somente esclarecer um outro aspecto sobre o ensino universitário no Brasil, especialmente no que tange às Humanidades.
Sabe-se que as universidades brasileiras - públicas ou privadas - em seus cursos voltados para as áreas de História, Sociologia, Filosofia e Ciência Política, desde um bom tempo, são inteiramente dominadas pelo esquerdismo, seja aquele mais tradicionalmente marxista, ou o da vertente frankfurtiana pós-moderna, uma derivação do primeiro. No seio de seus corpos dicente e docente cresceu acentuadamente nos últimos tempos a defesa das cotas raciais como forma de "democratizar a universidade", hoje em dia, uma bandeira tipicamente esquerdista. 
A despeito de se colocarem como adeptos de posturas anti-racistas, os defensores das cotas agem com todo o cinsimo do mundo na medida em que dão apoio a uma política inteiramente calcada em pressupostos fenotípicos, ou seja, absolutamente coadunada com o racismo. A questão nada tem a ver com fundamentos de ordem econômico-financeira, de modo que cabe, com toda justiça, colocar duas perguntas: 1) e quanto aos brancos menos favorecidos economicamente?; 2) como aderir ao cotismo fenotípico em um país tão miscigenado, o qual indica claramente que a carga genética se traduz em fator muitíssimo mais importante do que a aparência? É evidente que nenhum defensor das cotas raciais tem como responder a tais indagações, quanto mais reconhecer que o correto é otimizar a gestão do ensino de base, abrindo oportunidades a todos, independentemente de raça ou origem.
Mais ainda do que essa problemática, é necessário usar o Português rasgado para desmascarar a ideologia cotista: os postulantes dessa causa são militantes políticos de esquerda cuja intenção não é outra que exercer um controle ainda maior do que já exercem em tantos meios universitários. Se em âmbito teórico o marxismo dá a tônica, resta agora doutrinar um contigente de pessoas desprovidas de instrução básica, aumentando assim o número de correligionários prontos a bradar contra a liberdade individual, a propriedade privada, a economia de mercado e a alta cultura, em relação a qual emitem preconceituosos julgamentos classistas. Seu objetivo é a própria destruição da moderna sociedade ocidental e o escancaramento da ditadura comunista. Não enxergar esse encaminhamento é pura irresponsabilidade que só faz o inimigo ganhar terreno.
No caso de eu estar errado (e não estou!), proponho um desafio, embora a esquerda nunca tenha passado nem perto de carregar a democracia como valor. Se realmente o cotismo está alinhado com a "democratização da universidade", contrariando tudo aquilo que brota dos escritos de Marx e de seus seguidores, e se tem como meta o dissenso e o debate, pilares democráticos, a coisa é simples: efetuem-se as cotas, mas criem ao mesmo tempo um espaço para o ensino de ideias opostas ao esquerdismo, abram cursos de graduação e pós-graduação com orientação liberal, tragam à tona os textos de Frédéric Bastiat e da escola austríaca, discutam o conservadorismo moral de Aristóteles, de Edmund Burke e o novo humanismo de Irving Babbitt, abordem os totalitarismos do século XX com base nas obras de Leo Strauss, Eric Voegelin, Hannah Arendt, Viktor Frankl e Alain Besançon. Como os intelectualóides que formam o corpo dicente universitário se mostram quase inteiramente ignorantes acerca de todos esses autores, é inteiramente improvável que possam fazê-lo. Ainda assim, eles o querem? É claro que não! O seu pluralismo e de seu alunado, massa de rebentos doutrinados, tem uma nota só.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Doutrinação de esquerda nas escolas: fique atento


O ano letivo nas escolas brasileiras está em seu início e, normalmente, os pais que se mantêm atentos à vida escolar de seus filhos procuram acompanhar rotineiramente o desempenho dos mesmos por meio de avaliações e boletins. Nem tão corriqueira, contudo, é a verificação dos conteúdos ministrados em sala de aula, até porque trata-se de uma questão que requer conhecimentos mais aprofundados, nem sempre ao alcance dos responsáveis, e cujas providências a serem tomadas não são tão simples, bem como, muitas vezes, não podem ser postas em prática de imediato.
No Brasil, faz cerca de quarenta anos que o pensamento de esquerda incursiona pelos meandros da cultura a fim de doutrinar e, a médio e longo prazo, arregimentar simpatizantes ou miltantes para sua causa autoritária. Com o gramscianismo e com o marxismo cultural, a esquerda passou, sem evidentemente abandonar o frisson da política, a apostar suas fichas no âmbito silencioso da cultura como modo eficaz de controle das mentes. Uma vez ingresso nos cursos pré-vestibulares e posteriormente à universidade, o aluno que durante a base sofreu doutrinação esquerdista, muito dificilmente conseguirá se libertar das amarras de uma visão de mundo baseada em pressupostos absolutamente falsos, mesquinhos e construídos sob a égide do ódio e do ressentimento. Caso deixe de ser devidamente instruído quando ainda não estiver plenamente contaminado pela doutrinação, os esquerdistas que dominam a cena cultural e educacional do país terão cumprido sua missão ao formar mais um aluno-militante, pronto a disseminar pelo resto da vida ideias como justiça social, luta de classes e exploração capitalista. É um círculo vicioso cada vez mais abrangente, já que muitos daqueles que se formam com base em tal sistema educacional engrossarão eles próprios as fileiras dicentes, além de vastos setores da imprensa e de outros meios de divulgação cultural. Obviamente, a estratégia é negada e apontada como paranoia anticomunista, mas para o leitor de Czeslaw Milosz e de Andrzej Lobaczewski, fica claro que a psicopatia do cinismo, da inversão da realidade e da falta de vergonha são típicas da esquerda.
Todos aqueles que são pais de estudantes em idade escolar básica e que se preocupam com o tipo de educação que seus filhos recebem em sala de aula, devem reconhecer o dever e a responsabilidade de checar com frequência os conteúdos e ideologias que lhes são transmitidos. Nesse sentido, a única forma de proceder a fim de evitar a doutrinação esquerdista, é buscar conhecimento a respeito dos quadros de pensamento da esquerda e de seus antípodas, os liberais. Para os pais que não são habituados a temas relacionados com filosofia, história e política, o processo pode ser mais ou menos lento, por isso, quanto antes for empreendido, melhores resultados poderá alcançar.
Tomando por base certos conteúdos nos quais a doutrinação se faz de forma mais gritante, deixo desde já um ponto de partida: pegue o livro didático utilizado na escola de seu filho e procure os seguintes temas: Revolução Francesa (8° ano do Fundamental/2° ano Médio), Crise de 1929 e Nazismo (9° ano do Fundamental/3° ano Médio). No que se refere ao primeiro assunto, tente verificar se o livro aborda concepções de pensadores como Edmund Burke e Alexis de Tocqueville, ou se somente fica restrito a análises de fundo marxista; sobre o segundo, se existe alguma abordagem dos economistas austríacos (Ludwig von Mises e Friederich Hayek) acerca da questão, ou se a crise é atribuída à especulação capitalista, finalmente, no que tange ao nazismo, tente observar se o livro estabelece alguma relação entre este e o comunismo, ressaltando a noção de que ambos são doutrinas totalitárias de massa, ferrenhamente adversárias da liberdade individual, da iniciativa privada e do capitalismo, adeptas de uma visão de mundo coletivista, raivosa, manipuladoras da realidade e carregadas de promessas falsas que visam ao "Homem Novo" e à engenharia social. Muito provavelmente nada disso será encontrado, caso contrário, se estará diante de um livro didático respeitável, algo extremamente raro no Brasil. Além disso, os pais devem conversar permanentemente com seus filhos a fim de obter informações a respeito do discurso ideológico e político dos professores, bem como manter contato com as instituições de ensino tendo em mente o conhecimento dessas mesmas informações.
Lembrem-se, é um caso de dever e de responsabilidade. Não fujam!